quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PALCO DO ROCK 2011 DÁ MAIS UM PASSO
Curadoria pública revela talentosas bandas brasileiras do rock independente














da ACCRBA

O Palco do Rock se consolida e cada vez mais a tarefa de selecionar as bandas pro evento torna-se um satisfatório desafio para a Associação Cultural Clube do Rock da Bahia (ACCRBA). Para o carnaval de 2011, o maior festival de rock independente da Bahia iniciou, com duas datas, o processo de seleção de bandas locais e de fora do Estado.

Foi na Casa da Música da Bahia, no agradável clima do Parque Metropolitano do Abaeté, nos dias 5 e 12 e dezembro, que os curadores do PDR 2011 (17 anos) se reuniram sob a "supervisão" de membros de diversas bandas e representantes do público presentes no local ou via internet em transmissão por vídeo.

Se as marcas da associação são o pioneirismo, a criatividade e a inovação, Carol Morena - membro da curadoria, produtora do paraibano Festival Mundo e representante da diretoria de Música da Fundação Cultural do Estado da Bahia - tratou de acrescentar a coragem como elemento principal na composição do Palco do Rock: "As curadorias dos festivais nunca são abertas e pouca gente chega a saber quem são os curadores. É preciso ter muita coragem", disse a produtora.

"Bobeada" das bandas - Foram 203 bandas inscritas, mas só 98 foram analisadas. Isso por conta da falta de atenção das bandas para o regimento interno do festival, que determina o envio de material físico para análise. Entre aquelas analisadas, foram 55 de fora do Estado e 43 da Bahia, dividindo-se entre 32 de Salvador e 11 da região metropolitana e demais cidades do interior baiano.

Para um dos experientes músicos participantes da curadoria, o também produtor musical, que acumula realizações com artistas nacionais e internacionais, Mikael Mutti, "a importância da curadoria está além da tocada no Palco do Rock. Há uma importante assessoria técnica para as bandas e uma grande oportunidade de tocar num grande evento. Se não tiver a sorte de passar, mas for persistente e quiser melhorar, sai da curadoria com ótimas dicas."

Transmissão - Uma das novidades da curadoria desse ano foi a transmissão via internet, o que possibilitou a interatividade entre curadoria e membros de banda e público que participaram virtualmente. Dúvidas foram esclarecidas e muitas dicas foram bem recebidas, bem como o bom humor em diversos momentos, sem que ofuscasse a concentração nos trabalhos. O fato foi comemorado pela diretoria da ACCRBA que se diz satisfeita com os trabalhos e com a participação presencial e virtual: "Esperamos muito que isso acontecesse. Queremos sempre mostrar a descontração sem perder o foco e o nível dos trabalhos. Infelizmente o presencial deixou a desejar e, de nossa parte, não podemos agradar a todas as bandas, mas fazemos o possível com democracia e lisura para mantermos a imagem de organização e responsabilidade que temos perante órgãos governamentais, bandas e público, que se manifestam de todo o país mostrando satisfação em ver tamanha atividade", disse Sandra de Cássia, presidenta da ACCRBA.

Resultado - Com as festas de final de ano, o resultado final baseado nas notas da curadoria, ficou sem data prevista. Porém, é certa a brevidade dessa informação por parte da ACCRBA, principalmente para que as bandas de fora possam agilizar suas confirmações de participação e documentações exigidas para todas.

Certo é que a diversidade, novamente, estará presente no evento tentando agradar ao maior número de fãs que se distribuem entre tantos subgêneros do Rock.

Doações - As bandas Rattle e ChipTrio, de Salvador, e Sertões, de Itaberaba (BA), aderiram à campanha solidária proposta pala ACCRBA e doaram, ao todo, 2Kg de leite em pó e 1 livro. Essas doações se juntarão às roupas e agasalhos doados pela banda Fridha para mais uma ação social da ACCRBA, que nem de perto é o que a associação esperava. Espera-se que tanto o público quanto outras bandas, aprovadas ou não, façam parte dessa ação social. Em tempo, os alimentos doados pela banda Fridha em outra oportunidade, foram doados a moradores de rua.

Curadores - Muitas bandas se inscrevem em um ano e não são aprovadas. No ano seguinte, se esmeram ainda mais, mas mesmo assim não conseguem aprovação e obtém notas menores que no ano anterior. Essa questão foi posta em discussão e mostrou a importância da alternância entre os curadores para que não haja quaisquer rumores de "cartas marcadas". Dessa forma, a curadoria e a ACCRBA assumem a subjetividade dos critérios, mas possuem quesitos comuns a todas as bandas, independente de estilo, para fazerem suas observações acerca da qualidade de cada uma: produção, execução, arranjos e proposta musical condizente com o festival são exemplos de quesitos mínimos a serem observados.

E sobre os curadores, cada um leva a vida de um modo diferente e, de repente, se viram responsáveis por uma tarefa tão importante, que é selecionar as bandas para o próximo PDR. Um é um gentleman, dono de uma voz inconfundível e um dos maiores bluesmen do Brasil; outra é produtora de um grande festival na Paraíba; outra criou um Guia de Produção de Rock para os baianos; outro é guitarrista e multifacetado com produção cultural e outro segue a linha das inovações musicais e tecnológicas para a criação de seu trabalho, além de ser pianista.

A ACCRBA faz questão de agradecer aos curadores, bandas inscritas e presentes na curadoria, presencial ou virtualmente. A Amadeu Alves e equipe da Casa da Música (Jussara, Joe, Dayone, etc); à Polícia Militar e major Lázaro; a Waldir Viana, Claudio Lavigne e Vitor Velame.

Agradecemos a todas as energias positivas emanadas para o PDR e ACCRBA e a todos que, de alguma forma, colaboram ou colaboraram com o evento.

São 17 anos de rock no carnaval de Salvador. Comemore! Compareça! Faça a SUA festa!

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